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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Porto Alegre será um importante destino internacional de turismo médico














Participei na tarde de hoje, 17, da assinatura do termo de cooperação que cria o grupo gestor do Porto Alegre Health Care Cluster. A meta é transformar a capital gaúcha num importante destino internacional de turismo médico. O objetivo da parceria é preparar a Capital e seus principais hospitais para receber um segmento turístico que cresce geometricamente no mundo. Neste ano, as viagens em busca de tratamento de saúde devem registrar uma taxa de crescimento de 30%, segundo estimativa do Banco Mundial. O grupo gestor, formado pelos principais players do setor médico-hospitalar, irá definir diretrizes e regular o funcionamento do Porto Alegre Health Care Cluster. Será desenvolvida uma rede de associados nas áreas saúde e trade turístico, visando parcerias com agências facilitadoras e instituições internacionais. Os quatro hospitais que integram o grupo têm certificação internacional.

A iniciativa de fazer da capital gaúcha uma plataforma de turismo médico vem sendo trabalhada há cerca de seis meses pelas direções dos quatro hospitais e a SMTUR, que contratou um estudo de mercado e trouxe a Porto Alegre especialistas norte-americanos da Medical Tourism Association (MTA) para um workshop. Os Estados Unidos, onde o sistema de saúde é predominantemente privado e de alto custo, são o mercado prioritário vislumbrado pelo Porto Alegre Health Care Cluster. Segundo estudo da Deloitte Development, cerca de 1,6 milhão de norte-americanos viajam anualmente para tratamentos médicos que associem alta qualidade e custos menores, além da possibilidade de usar a diferença de preço para combinar o tratamento com turismo de lazer ou férias. Países como Hungria, México, Costa Rica, Índia, Tailândia, Malásia, Cingapura e África do Sul são hoje os principais destinos mundiais em turismo médico procurados por norte-americanos e canadenses.

No Brasil o segmento ainda é incipiente, mas dados do Ministério de Turismo apontam um crescimento anual no ingresso de estrangeiros para tratamentos médicos no país. Foram 48 mil, em 2005, e 54 mil em 2006, principalmente norte-americanos e europeus, com uma permanência média de 22 dias. Um dos principais fatores de atração é o preço, de 30% a 50% inferior em relação a países como Portugal e Espanha, e até 70% menor na comparação com os Estados Unidos.

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