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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Nunca antes na história do Brasil se errou tanto

A história moderna registra como um dos maiores erros, senão o maior, o comportamento do ex-primeiro ministro inglês, Lord N. Chamberlain frente a Hitler. Chamberlain subestimou o fanático e de certa forma fez o próprio Hitler acreditar que a Inglaterra não seria um empecilho à sua fúria assassina e expansionista. Tendo Hitler assinado um tratado com Stalin e com a não oposição da Inglaterra, poderia ele saciar a sua “sede” da França, esta que impusera aos alemães uma dura capitulação ao fim da primeira guerra. Havia, inclusive no Brasil, aqueles que lá por 1935 ainda achavam que Hittler era bom, tais como Getúlio Vargas, por exemplo. Nesse tempo, Hittler prendia e eliminava opositores políticos, comunistas principalmente, e através de novos protocolos médicos, determinava a eliminação, por injeção letal, de todos os “arianos” que sofressem alguma espécie de deficiência ou retardo mental. Quem fazia isso eram médicos, já fanatizados no furor da ideologia da “raça superior”, pura, perfeita!Quando o mundo enfim despertou, Hittler já havia levado a cabo o maior crime da história da humanidade, um crime sem paralelo, de proporções bíblicas, o Holocausto.

A fanatização, seja política, seja religiosa, é uma das maiores ameaças à humanidade. Faz o homem achar, crer verdadeiramente, que é portador de uma verdade que lhe impõe subjugar o outro, o “infiel”, mesmo até com a eliminação física, porque afinal é aquele o obstáculo à redenção esperada. Em nome de convicções políticas, de certezas religiosas, quantos pereceram e ainda fenecem? Quem já foi a um museu da inquisição? Quantos já viram aquelas “máquinas” utilizadas para martirizar seres humanos, extraindo-lhes as tripas, perfurando-lhes os corpos, vivos ao máximo para que sentissem até o último instante ao quanto a maldade humana pode chegar? Quem diria que engenheiros poderiam criar falsos chuveiros, asfixiar milhões de famílias, que juntas, despidas de tudo, como animais caminhavam para o patidor, para depois serem sabão, e cinzas finalmente! Tudo em nome de ideologias, de religiões, de ideias políticas, de fanatismo!

Novamente o mundo encontra-se num limiar, numa fronteira, tentado por novos fanatismos. Confesso-me assombrado por um novo tipo de conflito que a cada dia fica mais evidente: o fanatismo islâmico X Ocidente. Hoje se sabe que o regime iraniano recrutou no Líbano um jovem, treinou-o e introduziu-o na Argentina via tríplice fronteira. Nesse processo, a embaixada do regime dos aiatolás em Buenos Aires forneceu todos os meios (uma traffic, passaportes, apoio logístico, explosivos) naquilo que tragicamente registra-se como o primeiro atentado suicida de grandes proporções na América Latina – A AMIA. Aliás, dois atentados e mais de cem mortos. O ministro da Defesa do Irã é procurado pela Interpol, denunciado pelo governo argentino. É pouco? Hoje o Irã ainda reprime as mulheres, açoita os homossexuais, enforca os infiéis, elimina os que contestem a revolução islâmica, condenando-os a morte. Pior, é financiador do terrorismo internacional.

Por isso, comparo Lula a Chaberlain. Receber Ahmadnejah não é só dar-lhe um afago, aplaudir um fanático, é torna-se sócio do seu ódio. Nós, ao recebermos Ahmadnejah, estamos cometendo o maior equívoco diplomático da história do Brasil, e para parafrasear Lula, “nunca antes na história” se errou tanto!

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